A consciência vocal
- há 7 dias
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Não existe propriamente uma forma ou formulas para que possamos trazer mais consciência ao processo vocal. A diversidade de propostas e abordagens de desenvolvimento vocal que dispomos hoje em dia é bastante ampla e eu próprio, ao longo da minha vida, já passei por várias.
Põe-se então a questão;
Que caminho seguir?
Qual a direção que devemos dar à nossa aprendizagem vocal de forma a termos bons resultados, ou pelo menos os resultados que se aproximem mais daquilo que ambicionamos?
Quando me refiro ao desenvolvimento vocal, incluo as aulas de canto e oratória. Embora ambas tenham a voz em comum, têm particularidades muito diferentes e até a nível do cérebro, vêm de hemisférios diferentes.
Como posso eu expressar aquilo que me é mais íntimo e pessoal, de forma segura e conectado com as minhas emoções?
Foi no meu primeiro contacto com o trabalho do Roy Hart Voice Center que senti essa ligação física e emocional à voz. Durante uma aula de canto com o Saule Ryan, senti pela primeira vez o poder de me expressar livremente, sem bloqueios. Muitos dos sons que produzia, nem queria acreditar que vinham de mim. E que momento… sentir a minha voz em toda a sua plenitude, e quanto mais me expressava mais me sentia eu próprio, empoderado pela minha própria voz, como se dissesse ao mundo “Aqui estou eu, como sou”.
Foi sem dúvida um momento marcante e que ainda hoje recordo com emoção e carinho.
Muitos outros mais se repetiram e ainda hoje se repetem e é sempre surpreendente o que numa “aula de canto” pode acontecer.
O trabalho do RHVC trouxe-me mais vitalidade e mais consciência de mim próprio, dos outros e das coisas, a sensibilidade para saber ouvir e ser ouvido, uma escuta profunda que me permite vivenciar cada momento de forma autêntica.
João Charepe
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